Workshop da Chamada Pública da Celesc

A concessionária reserva R$15 milhões para projetos de eficiência energética. Inscrições para edital estão abertas

A Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. (Celesc) disponibiliza R$15 milhões para projetos de eficiência energética. A chamada pública foi aberta em outubro e a inscrição de projetos já pode ser realizada. Para instruir os interessados, a Celesc realiza, no dia 4 de dezembro, o Workshop da Chamada Pública da Celesc, em formato presencial. O evento será em Florianópolis, na Avenida Itamarati, 160, no bairro Itacorubi, às 13h30. Para mais informações e inscrições, acesse o link.

Estimular empresas, indústrias e consumidores a desenvolverem projetos de eficiência energética, atendendo as resoluções da ANEEL, é o objetivo das chamadas públicas de companhias de energia estaduais, como a Celesc. Consumidores atendidos na área de concessão da Celesc podem inscrever projetos. As propostas devem apresentar ações de melhoria de instalações envolvendo a troca ou redução de consumo de equipamentos por meio de automação, além da inclusão de geração de energia elétrica a partir de geração solar.

As empresas que tiverem projetos aceitos pelas concessionárias de energia recebem recursos para implementação de eficiência energética. Para se ter uma ideia, em 2023, o edital da Celesc prevê R$ 7,5 milhões para projetos industriais e condomínios residenciais. Outros R$ 7,5 milhões serão encaminhados para as demais categorias, sendo elas: Comércio e Serviços; Poder Público; Rural; Serviços Públicos; e Iluminação Pública.

A Eletron Energia, empresa que atua na área de eficiência energética para empresas e indústrias, é uma das participantes do workshop da Celesc. Ela é líder na aprovação de propostas pelo Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL e já desenvolveu mais de 120 projetos para organizações paranaenses e catarinenses.

Ricardo Kenji, fundador e diretor da Eletron Energia, explica que os interessados em elaborar uma proposta podem contratar essa empresa sem desembolsar nada inicialmente (a empresa será remunerada com recurso da distribuidora de energia quando o projeto for aprovado). O projeto pode ser financiado pelas companhias de energia. “As concessionárias devem aplicar anualmente 0,5% de sua receita líquida operacional em um fundo, que é usado para executar projetos de eficiência energética em instalações de consumidores, que podem ser indústrias, comércios, condomínios, serviços públicos, entre outros”, explica.

Os projetos da Eletron Energia contemplam ações como a automação de equipamentos e processos; a substituição de refletores convencionais para refletores LED; troca de motores, melhorias no sistema de climatização e até mesmo instalação de painéis fotovoltaicos para geração de energia, reduzindo assim o consumo e a fatura de energia da empresa.

O diretor da Eletron Energia destaca que o setor industrial é um dos maiores potenciais para a realização de projetos de eficiência energética, ou seja: ações capazes de minimizar perdas na conversão de energia primária em energia útil. “Nós realizamos estudos e aplicamos soluções de eficiência energética em indústrias e empresas para que elas economizem energia. E, podemos tornar nossa indústria mais competitiva porque, geralmente, elas podem trocar equipamentos mais antigos e ineficientes por mais novos e eficientes sem tirar dinheiro do caixa”, diz.

Parque industrial defasado

Segundo a Associação Brasileira de Manutenção (ABRAMAN), em 2019, a média de idade das instalações nacionais brasileiras era de 17 anos, o que indica que o parque industrial nacional é carente de melhorias e modernizações. “Embora apenas a troca de um motor antigo e ineficiente por um equipamento moderno possa ser interessante economicamente e pareça ser o alvo principal de um projeto de eficiência energética, outras ações podem ser feitas. Com algumas aplicações é possível obter economias muito maiores, em projetos pensados especialmente para os processos e sistemas daquele empreendimento, reduzindo assim o retorno do investimento. E essa é a expertise da Eletron Energia”, argumenta Kenji.

A Eletron Energia assinou o projeto da Simoldes Aços Brasil que foi contemplado pela chamada pública da Copel, em 2019. Na ocasião, foram trocados refletores por modelos LEDs mais eficientes e motores antigos por modelos mais novos de melhor rendimento. Também foi instalada uma usina solar de 1,1 MWp de potência, que conta com mais de dois mil painéis fotovoltaicos de alta eficiência instalados no telhado do barracão principal, nos estacionamentos, em vagas carports e no telhado.

“Além da economia, o projeto da Simoldes contribui para que a indústria seja socialmente responsável. Afinal, além do uso de energia de origem 100% limpa, que é a energia solar, a indústria evita a emissão de mais de 130 toneladas de Gás Carbônico (CO2) na atmosfera e economiza mais de 1.000 MWh por ano”, enfatiza Kenji.

A Font Life também teve seu projeto aprovado pela chamada pública da Copel, em 2019. A indústria de água mineral recebeu recursos para investimentos em troca de iluminação, em troca de motores e na instalação de painéis solares. “As ações promoveram uma economia de quase duzentos e cinquenta mil reais por ano. Além disso, após a conclusão do projeto, o cliente devolve para a Copel o valor recebido de forma gradativa e proporcional às economias obtidas. Nas chamadas públicas não são cobrados juros sobre os valores investidos, o que faz dessa modalidade a mais atrativa hoje disponível para financiamento de projetos de eficiência energética”, ressalta Ricardo Kenji.

Ele acrescenta que, no caso de sistemas fotovoltaicos, após a instalação do sistema, há um período de carência de um ano para início do pagamento das parcelas – durante este período são realizadas medições para avaliar a geração que está sendo obtida.

As empresas que possuem conta de luz superior a 10 mil reais/mês podem entrar em contato com a Eletron Energia para a realização de uma proposta para a chamada pública da Celesc pelo site: https://www.eletronenergia.com.br/