Entrevista: The Platters
Com mais de 50 anos de carreira, The Platters conquistou fama internacional pelo rock’n’roll da década de 50, vendeu ao longo da carreira mais de 100 milhões de discos e cultiva milhões de fãs pelo mundo. Além de Only You, vários outros sucessos de sua autoria embalaram a vida de várias gerações, como Smoke Gets in Your Eyes, The Great Pretender, The Magic Touch, Remember When e My Prayer, entre outros.
O The Platters conta com Kevin Carrol como Líder Singer e atual líder da banda. Sua voz inconfundível costuma emocionar a plateia nas apresentações. O tenor é Ronn Howard, que se destaca com sua voz suave e com a sua presença no palco. A soprano Farah Melanson é chamada de “princesa do grupo”. Com sua voz encantadora, esbanja simpatia e competência. Por fim, o barítono, Samuel Caesar é o mais novo membro do grupo e assumiu a posição após a morte inesperada do B.J. Mitchell, que liderou o grupo por mais de 40 anos, e fez do The Platters um dos grupos mais marcantes de todos os tempos.
JT: Como é cultivas as músicas por décadas?
Kevin: Estas canções têm uma enorme empatia. Elas acrescentam emoção à vida das pessoas. Por isto atravessam as décadas e seguem amadas e celebradas. Todo mundo conhece ‘Only You’ e ‘The Great Pretender’. De crianças aos mais velhos, aqueles viveram os anos dourados do The Platters, todas querem ouvi-las novamente.
JT: A banda toca pelo mundo todo e todos sabem suas canções.
Kevin: Nós sempre nos apresentamos em países onde as pessoas não falam inglês e mesmo assim, todos sabem as letras de cor. ‘Only You’, por exemplo, arranca lágrimas do público. O apelo dos clássicos do The Platters é enorme. Por isso, nós garantimos um show inesquecível.
JT: Como é ver as músicas da banda, serem passadas de geração para geração?
Kevin: Nosso público era formado por fãs originais dos Platters, mas com o passar do tempo, vemos não só os filhos, como os netos dos fãs mais antigos. Às vezes, vemos três gerações reunidas em um só lugar e é muito empolgante ver os mais jovens gostando da música. Selecionamos o melhor do passado e estamos apresentando para uma nova geração, perpetuando o legado. O grupo original só esteve junto por cinco anos e é admirável que sua música seja tão poderosa há mais de 60 anos. Ela continua viva, continua a ser recriada e apreciada por todas as gerações.
JT: Com essa nova geração, vocês renovam o estilo musical?
Kevin: Nós não nos restringimos apenas às músicas do passado, nós alimentamos esse ciclo de mudança. Temos músicas novas e mais modernas, porém com o mesmo estilo vocal, com palavras e melodias que pessoas dos 18 aos 80 anos podem gostar. A ideia é continuar com a mesma receita que funcionou tão bem por um período no passado e usá-la nas novas músicas que estão no nosso novo disco.
JT: Como é fazer turnê no Brasil?
Farah: Quando eu venho para o brasil, me sinto em casa, as pessoas são lindas, a comida é boa, os lugares são legais, acho que tenho sangue brasileiro, me sinto parte daqui, me sinto em casa aqui também. Eu amo esse país. E nós adoramos Floripa. É uma cidade linda, maravilhosa.
Entrevista: Daiane Rodrigues
Foto: Flávio Moura Lengruber