Confiança do comércio cresce e fica acima da média pela primeira vez em cinco meses
O índice de confiança do comerciante catarinense teve uma alta de 19,5%, passando de 91,7 pontos em setembro para 109,6 pontos em outubro. O indicador, calculado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de SC (Fecomércio/SC), varia de 0 a 200, onde valores acima de 100 indicam otimismo. Este é o quarto mês de alta seguida e a primeira vez desde abril em que os comerciantes do Estado demonstram estar otimistas.
O otimismo tem sido puxado pela expectativa que o empresário tem para o futuro. Neste quesito, o índice está em 153,2 pontos, 10,6% de crescimento em relação a setembro.
Outro fator que tem contribuído para o clima otimista é a melhora considerável da situação atual dos comerciantes. Nessa avaliação, o índice cresceu 43,8% em outubro, chegando a 84,3 pontos.
Com as expectativas em alta e as condições favoráveis, cresce também a intenção de contratar funcionários. Este indicador passou de 74,5 pontos em setembro para 116,6 pontos em outubro, voltando a um patamar de otimismo.
“O movimento sinaliza para uma retomada considerável, na medida em que for possível manter a atual tendência de rápida recuperação no volume de vendas. [Também] indica uma consolidação da tendência de retomada nos investimentos, especialmente no que se refere à contratação de funcionários”, destacou a Fecomércio/SC em relatório.
Intenção de consumo em queda
Se o momento é de otimismo para os comerciantes, o mesmo não se pode dizer para os consumidores. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) tem despencado desde abril. Neste mês de outubro, o índice chegou ao pior patamar da série histórica: 63,9 pontos.
Segundo a entidade, a queda é causada pelo pessimismo dos catarinenses em relação ao emprego, renda e perspectiva profissional. Para a Fecomércio/SC, o governo precisa continuar investindo em políticas para fomentar emprego e renda para que a situação não se agrave ainda mais nos próximos meses.
“Neste momento, as medidas mais importantes para conter a queda no consumo, do ponto de vista estritamente econômico, continuam sendo as políticas de manutenção do emprego e da renda, assim como medidas de ampliação do crédito que possibilitem reduzir taxas de juros e risco de inadimplência”, ressaltou a entidade.