Arrecadação de SC foi de R$ 2,99 bilhões em junho
A arrecadação de Santa Catarina no mês de junho considerando impostos estaduais e repasses federais foi de R$ 2,99 bilhões, o que corresponde a crescimento de 41,9% na comparação com junho de 2020, período em que a economia ainda estava muito afetada pelo fechamento de atividades devido à pandemia.
Se for considerado apenas o ICMS, o crescimento chega a 48,4%, com R$ 2,37 bilhões arrecadados somente com o imposto. Os dados são do Sindicato dos Fiscais da Fazenda de SC (Sindifisco/SC) e foram divulgados nesta segunda (5).
Houve desempenho positivo no setor de automóveis e autopeças (150,3% de crescimento) e na indústria têxtil (+80,2%). Também puxaram a alta os setores de combustíveis (+73,7%), materiais de construção (+52,4%), transportes (+50,3%), indústria metalmecânica (+47,2%), agroindústria (+36,3%) e energia (+33,1%) – este último já é reflexo da nova bandeira aplicada devido à crise hídrica enfrentada no País.
Para o presidente da entidade, auditor fiscal José Antônio Farenzena (Zeca), o desempenho é resultado da combinação de dois fatores: a retomada da atividade econômica catarinense e a eficiência do controle e monitoramento do fisco estadual.
“Atualizamos a arrecadação de 2019, anterior à pandemia e, mesmo assim, tivemos crescimento nominal superior a 21%”, compara. De acordo com ele, em termos reais, descontada a inflação de todo o período desde junho de 2019 (dois anos), a arrecadação cresceu 15% neste mês de junho, “o que destaca a força da atuação conjunta fisco-sociedade em Santa Catarina”.
A expectativa do Fisco é de manutenção do crescimento arrecadatório, mas as expressivas altas registradas entre abril e junho devem dar lugar a números mais realistas. “De agora em diante, deveremos ter percentuais de crescimento mais realistas porque a base de comparação será do início da recuperação econômica catarinense”, explica o diretor de Políticas e Ações Sindicais do Sindifisco/SC, auditor fiscal Sérgio Pinetti.
“A nossa preocupação ainda está nas dificuldades cambiais e de importação de mercadorias e matéria-prima: a paralisação de algumas linhas de produção devido a dificuldades de logística e fornecimento de componentes eletrônicos sempre tem algum reflexo nas nossas indústrias”, diz Pinetti.