SC tem 120 leitos de UTI parados por falta de profissionais e de medicamentos
Segundo secretário de Saúde, André Motta Ribeiro, Estado já possui equipamentos e recursos necessários
O secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro, disse nesta terça-feira (18), que Santa Catarina tem mais de 120 leitos de UTI quase prontos para operar, com macas, respiradores e outros equipamentos necessários. As unidades só não são colocadas na ativa por falta de profissionais e de medicamentos.
“Eu tenho hoje mais de 120 leitos de UTI que poderiam ser ativados no Estado, que já tem recurso financeiro disponibilizado, já têm equipamentos disponibilizados aos hospitais, mas existe uma dificuldade pontual de RH, de insumos, de medicamentos específicos”, disse.
Para contornar o problema, o governo do Estado está com vagas abertas para contratação de trabalhadores da saúde em diversas unidades. Além disso, busca atender a logística necessária para garantir o suprimento de remédios do chamado kit intubação. A falta de medicamentos está sendo questionada pelo Ministério Público estadual, que pede na Justiça mais transparência do Executivo.
“O Ministério Público quer informações que o Estado não tem condições de fornecer sozinho. São 56 hospitais e somente 13 são de gestão estadual. Os outros são municipais ou filantrópicos. Não temos conseguido dar o quantitativo, ver o estoque e saber o consumo médio”, acrescentou.
O MP pediu que o governo detalhasse o consumo dos remédios do chamado kit intubação, como os sedativos. O objetivo é garantir o tratamento adequado à Covid. Segundo o órgão, a falta de alguns medicamentos fez com que pacientes fossem tratados com outras substâncias, correndo mais risco.
A fim de diminuir a presença em leitos de UTI, Motta Ribeiro tem defendido o diagnóstico e tratamento precoce contra a Covid. Para isso, aposta em aumento da testagem com auxílio da iniciativa privada. “Nós precisamos evitar a segunda onda da doença. Onde ela aconteceu, foi cruel”, disse.
Além disso, afirmou que após o pico de Coronavírus o Estado terá uma “segunda pandemia”, desta vez de cirurgias eletivas que foram suspensas. Isso deve manter o alto nível de atendimento das unidades hospitalares e a demanda por profissionais da área.