16 de outubro de 2025

Novo espetáculo da Companhia de Dança Deborah Colker, tem turnê em SC

Sagração 2
Novo espetáculo reúne obra clássica de Stravinsky e cosmogonias originárias. A Companhia de Dança Deborah Colker comemora seu trigésimo aniversário com o novo espetáculo “Sagração”, apresentado pelo Ministério da Cultura e do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério daCultura e Governo Federal União e Reconstrução.
Nessa versão, a música clássica de Stravinsky encontra ritmos brasileiros no espetáculo inspirado por visões ancestrais sobre a origem do mundo. Ao longo dos 30 anos a companhia já realizou mais de duas mil apresentações, em mais de 100 cidades, de 35 países, totalizando um público de cerca de 4 milhões de pessoas.
Após sua estreia no Rio, a Companhia embarca para o Sul do país, se apresentando em Jaraguá do Sul no dia 10 de abril, no Teatro SCAR, e nos dias 13 e 14 de abril em Florianópolis, no Teatro Ademir Rosa, localizado no Centro Integrado de Cultura. Os ingressos para as apresentações em Jaraguá do Sul estão disponíveis para compraatravés do site www.eticketcenter.com.br , enquanto para os espetáculos em Florianópolis, podem ser adquiridos pelo www.diskingressos.com.br . Há opções de ingressos populares com cotas limitadas em ambas as cidades.“Ao longo desses anos, assistimos e participamos de muitas transformações na cultura, na política e na economia. Chegamos até aqui porque temos este espírito de evolução, que é um tema muito precioso para o novo espetáculo”, avalia o diretor executivo João Elias, que em 1994 fundou a companhia de dança com Deborah Colker.O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. Acomposição musical é considerada revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas em partituras.
“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”.Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou à ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo.
“Tudo só poderia ter começado com uma mulher. Uma avó. A avó do mundo”, conclui Deborah, que, na companhia de Nilton Bonder, revisitou a mitologia judaico-cristã. Do livro “Gênesis”, as passagens sobre Eva e a serpente e sobre Abraão ganham cenas que destacam momentos de ruptura. “São dois mitos que elaboram sobre a consciência humana: pela autonomia de uma mulher que desperta para caminhos interditados e transgride; e de um homem que sai da sua casa e cultura em direção a si mesmo”, destaca o dramaturgo. Além das alegorias bíblicas, a coreógrafa também buscou referências na literatura científica.
“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens sapiens que, assim como outros seres, precisa se adaptar constantemente”, pontua Deborah, destacando a presença das personagens que representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes no espetáculo. “Nossa dramaturgia é feita da poesia presente em mitos e teorias que pensam a existência da vida em nosso planeta”. A coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros. Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos. Para Alexandre Elias, “foi um privilégio trabalhar profundamente na estrutura da obra” Criação, Direção e Dramaturgia.
DEBORAH COLKERDireção Executiva
JOÃO ELIASDireção Musical
ALEXANDRE ELIASDireção de ArteGRINGO CARDIADramaturgiaNILTON BONDERFigurinosCLAUDIA KOPKEDesenho de LuzBETO BRUEL
FotografiaFLÁVIO COLKERProdução LocalORTH PRODUÇÕESSERVIÇOLocal | Data | Horário10/04 – JARAGUÁ DO SUL – Teatro SCAR – 20h13 e 14/04 – FLORIANÓPOLIS – Teatro Ademir Rosa (CIC) – 21h
Faixa EtáriaA PARTIR DE 10 ANOSDuração70 MINUTOS(sem intervalo)
AcessibilidadeLOCAL ACESSÍVEL PARA CADEIRANTES (ambos os teatros)Link para a venda de ingressosJARAGUÁ DO SUL www.eticketcenter.com.brFLORIANÓPOLIS  www.diskingressos.com.br
*Ingressos solidários com cota limitada
Fotos/FLÁVIO COLKERASSESSORIA DE IMPRENSA