16 de outubro de 2025

Nova Lei do Ensino Médio exige mudanças estruturais nas escolas

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Aprovada em abril deste ano, a Lei 14.945/2024 traz mudanças profundas no Ensino Médio brasileiro e já começa a impactar escolas públicas e privadas em todo o país. A nova legislação amplia a carga horária mínima da Formação Geral Básica de 1.800 para 2.400 horas, distribuídas ao longo de três anos, e redefine a aplicação dos itinerários formativos previstos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A implementação será gradual, iniciando com os alunos da 1ª série em 2025 e se estendendo até 2027.

Com o objetivo de oferecer uma formação mais sólida e abrangente, a lei também impõe desafios importantes às instituições de ensino. Um dos principais pontos de atenção é o risco de redução na carga horária de disciplinas obrigatórias para acomodar os novos formatos. Especialistas alertam para possíveis lacunas no aprendizado, especialmente em áreas como matemática e ciências.

Algumas escolas já começam a se movimentar para atender às novas exigências sem comprometer a qualidade. É o caso do Colégio Gaia, em Florianópolis, que já tem seu Ensino Médio com base nas diretrizes da nova lei. A instituição manteve a carga completa das disciplinas tradicionais e mesmo antes da nova Lei oferece itinerários formativos nas áreas de Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas e Sociais, além de diversas disciplinas eletivas, como programação, empreendedorismo e artes.

Segundo Samuel Abreu, diretor de ensino do colégio, o desafio vai além da reformulação curricular: é preciso criar experiências significativas para os alunos. “Mais do que se adequar, buscamos inovar. O novo Ensino Médio é sobre oferecer caminhos e permitir que o aluno descubra, na prática, quem ele é e o que quer ser”, afirma.

A expectativa é que, nos próximos anos, a nova legislação provoque uma transformação profunda na educação brasileira, exigindo planejamento, investimento e criatividade por parte das redes de ensino.