Estresse da Pandemia pode causar queda de cabelos
Há sete meses um “novo normal”, ocasionado pela Pandemia, tomou conta das nossas vidas e têm afetado diversos aspectos da saúde, que vão para além da doença Covid-19, implica profundamente no psicológico das pessoas. O estresse é um dos transtornos mais apontados ao longo desse período por vários fatores, entre eles mudanças na rotina, o desemprego, a redução da renda, preocupações em excesso, além do enclausuramento.
E então você pergunta: e como isso me afeta? De várias formas, cada um reage de um jeito e sem perceber os sintomas, pode desencadear outras complicações, que não propriamente as causadas pelo vírus.
Doenças relacionadas à pele, unhas e até os cabelos. Sim, os fios sofrem muito com o estresse. De repente você passa a mão nos cabelos, e fica com um chumaço entre os dedos, ou você olha pelo chão da casa e lá estão os fios, perdidos?
A desestabilidade do organismo causada pelo estresse pode afetar o cabelo, pois os níveis de cortisol se elevam, então ocorre uma vasoconstrição generalizada, e como resultado temos ressecamento da pele, diminuição da irrigação do couro cabeludo, e aí vem a queda ou quebra dos fios. Hora de procurar ajuda médica para que esse problema não se grave.
Nos homens a queda de cabelos, acaba sendo mais comum. Mas para as mulheres, a perda dos fios se torna um problema relacionado também a autoestima.
De acordo com a Dra. Ana Carolina, médica dermatologista, uma das causas mais comuns de queda de cabelos é chamada de eflúvio telógeno agudo. “O nome é estranho, mas nada mais é do que a queda de bolos de cabelos que ficam na escova, ou na lavagem dos fios. Principalmente relacionado a fatores emocionais, como o estresse por exemplo, ou algum tratamento de doença, pós cirurgia, dietas muito restritivas. O bom é que essa doença tem tratamento e por isso, não gera calvície se for tratada”, explica. Com acompanhamento adequado o cabelo volta a crescer e tudo se normaliza.
Então, para quem pensa que cabelo não precisa de cuidado, se engana. “Claro, nem toda queda de cabelo pode levar à calvície, mas é importante compreender que não é normal, e em alguns casos, é preciso prestar atenção aos sintomas e procurar logo um dermatologista. Afinal, uma queda de cabelo, se não for tratada pode chegar a níveis graves”, comenta.
São inúmeras as doenças relacionadas aos fios. Vamos a algumas delas. A Alopecia Areata, por exemplo, provoca queda brusca dos fios, e geralmente começa com uma falha no formato arredondado, que vai ficando cada vez maior. Neste caso, é uma doença inflamatória, não contagiosa, que pode acometer qualquer parte do corpo que possua pelos ou cabelos. Essa doença pode acontecer em qualquer idade, mas a maioria dos pacientes têm menos de 20 anos.
A Dra. Ana lembra que não há cura para a Alopecia Areata, mas o tratamento pode reduzir as falhas e controlar a doença para prevenir uma queda de fios maior. “Entre os procedimentos que eu indico, além do uso de medicações como corticoides ou sensibilizantes, está o MMP -Microinfusão de Medicamentos na Pele, com aplicação tópica de minoxidil e outros ativos diretamente na região das falhas”.
É importante ficar atento aos sintomas, afinal a saúde dos cabelos não é brincadeira. Por vezes, o que parece algo simples, pode ser os primeiros sintomas de uma doença genética, relacionada à queda de cabelo, e a gente nem percebe. É o caso da Alopecia Androgenética, uma doença muito temida, afeta 50% dos homens e 25% das mulheres acima dos 50 anos, e que não tem cura, mas tem tratamento que pode amenizar os resultados. “Hoje temos vários tratamentos com Led, MMP, intradermoterapia, microagulhamento com drug delivery, todos disponíveis na Casa Essenza, clínica especializada na saúde e bem-estar, com melhora significativa”, explica a médica.
Em qualquer um dos casos, é preciso atenção, procurar ajuda médica, realizar os tratamentos que hoje estão à disposição e elevar a autoestima para que a queda dos cabelos não seja o motivo de outras doenças psicológicas também!
Fonte: Dra. Ana Carolina Barreto – Médica, especialista em Alergia, Imunologia e Dermatologia.
Foto: Marlon Silva