Entrevista: É O Tchan
Sinônimo de sucesso, o É O Tchan se tornou um fenômeno musical, com mais de 10 milhões de discos vendidos. Conhecido por sua mistura de malícia, diversão e coreografias contagiantes, o grupo conquistou fãs de todas as idades e se tornou referência para diversas bandas que surgiram depois.
Trinta anos depois, Beto Jamaica e Compadre Washington, mostram que a energia e a alegria do É O Tchan permanecem intactas. Com uma trajetória marcada por hits memoráveis, e um público fiel que atravessa gerações, a banda viva na memória e no coração dos fãs.
JT: Qual o segredo para se manterem relevantes por tanto tempo?
Beto Jamaica: Humildade, pé no chão, não deixar o sucesso subir à cabeça e fazer música de qualidade — música boa, que as pessoas possam ouvir. Como ouvem até hoje. É coisa de Deus, e lá se vão 30 anos de felicidade, sendo abraçados por várias gerações.
JT: E como definem o sucesso do É O Tchan?
Beto Jamaica: A gente se pergunta isso o tempo todo: como conseguimos completar 30 anos, com canções que crianças e adolescentes ainda cantam hoje? Não tem explicação. O segredo é continuar fazendo música com responsabilidade. Conquistamos nosso espaço com muita humildade.
JT: O que torna a banda única?
Sheila Mello: O grupo tem um diferencial pela autenticidade. Vemos esse movimento de dança no TikTok, com padrões de repetição dos movimentos, mas nunca copiamos ninguém. Acredito que seja por isso que fizemos história.
Sheila Carvalho: A dança é leve, fácil, suave e divertida. Por isso, caiu no gosto de todas as gerações, passou de uma para outra e se perpetuou.
JT: O que faz o É o Tchan continuar conquistando diferentes gerações?
Beto Jamaica: Temos uma história de carinho e admiração com os nossos fãs, que acontece de forma genuína e natural. Todo mundo tem um amigo que acompanhou a banda, que sabe as coreografias, e isso desperta curiosidade nos outros. Assim, de geração em geração, a banda continua fazendo parte da vida das pessoas.
JT: Como vocês fazem para se manter atuais sem perder a identidade do grupo?
Beto Jamaica: Observamos as novidades, as tendências, nos renovamos, mas sempre seguimos o nosso próprio caminho.
JT: O que mantém o É o Tchan vivo na memória e no coração das pessoas?
Washington: A gente ainda consegue colocar todo mundo para dançar, de crianças a adultos que cresceram ouvindo nossas músicas. Para mim, significa história, resistência e, acima de tudo, alegria. O É o Tchan segue vivo porque representa um momento especial da música brasileira.
JT: Qual o maior sonho de vocês?
Beto Jamaica: Nosso sonho é chegar aos 60, 80 anos cantando, continuar fazendo projetos musicais com outros artistas e, principalmente, levar nossa música para muitas outras gerações.
JT: Mensagem para os leitores
Sheila Carvalho: Continuem segurando o Tchan, com todo amor e carinho. Um beijo no coração. Só temos a agradecer por todo o amor, carinho e respeito que recebemos.
Beto Jamaica: Até porque quem canta e dança é mais feliz.
