Educação 5.0, por Mohamad Abou Wadi

Em um mundo dinâmico e mutante, nada mais natural do que o modelo de educação híbrida, onde parte do conteúdo pode ser alcançado de forma digital. É preciso ter cuidado em afirmar que não existe educação de qualidade à distância. Igual seria imprudente acreditar que só o ensino presencial tem qualidade.

Basta olhar o que vivemos no Brasil. Existe ensino de qualidade nas duas modalidades e isso depende da maneira e da seriedade na condução de cada processo. Distribuir e vender diplomas à custa de material jogado em plataformas virtuais é gestão irresponsável, arranhou a imagem do modelo e implica em mudança no EAD.

Mas o fato é que ministrar conteúdos à distância está longe de ser algo ultrapassado ou ruim, muito pelo contrário é o futuro. Em que pese alguns conselhos de classe ainda contrários ao ensino à distância, educação precisa ter excelência, qualquer que seja sua modalidade. Ou a instituição realiza a entrega de um profissional competitivo para o mercado de trabalho ou ela estará abrindo mão da qualidade.

Para permanecer vivo e avançar no não menos competitivo mercado do ensino é preciso investir em novas tecnologias para alcançar e preparar o aluno. O uso da realidade virtual ou aumentada, entre outras ferramentas digitais, pode trazer resultado superior ao ensino presencial, notadamente nos conteúdos teóricos ou demonstrativos. Dizer não ao EAD pode ainda ter espaço nos conselhos de classe, mas está na contramão do novo e da democratização do ensino.

Somos a geração híbrida e nossos filhos já são 100% digitais. Eles são nosso foco. Fazer essa transição com responsabilidade é o maior desafio da Educação 5.0. É fundamental manter princípios éticos, respeitar limites biológicos, sempre com visão ampliada pela inovação. Para alcançar o aluno onde ele estiver, dizer não ao ensino à distância está longe de ser a estratégia mais inteligente. A quinta revolução está batendo na nossa porta. É nosso papel transformar o futuro através da educação.

Por Mohamad Abou Wadi , presidente da Uniavan, CEO da Rede IOA e do Grupo Harmonique