Coronavírus em SC: Matriz de Risco

A Matriz de Risco Potencial Regionalizado divulgada neste sábado, 29, aponta 15 regiões classificadas como risco potencial alto (cor amarelo) e duas no nível de risco moderado (cor azul). Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, apenas as regiões Alto Uruguai Catarinense e Extremo Oeste se mantiveram estáveis, permanecendo no nível moderado (azul).

Houve piora nos indicadores das regiões Médio Vale do Itajaí e Xanxerê, que na semana anterior estavam classificadas no nível moderado (azul) e passaram a ser classificados no nível alto (amarelo), juntando-se as regiões do Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte, Serra Catarinense e Vale do Itapocu que se mantiveram no nível alto (amarelo).

Os resultados do mapa de risco refletem o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 notificados nas quatro primeiras semanas de 2022, que tiveram reflexo na dimensão transmissibilidade, que monitora o número de casos ativos que foram notificados no período e a velocidade de transmissão. Todas as regiões do Estado estão classificadas no nível gravíssimo (vermelho), com o número de casos ativos alcançando 78.287 casos em todo o Estado, o maior registrado desde o início da pandemia.

A análise desta semana demonstra a manutenção da taxa de crescimento de casos e óbitos por coronavírus na última semana. Houve um aumento de 38% na taxa de casos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias nesta semana (1.033,04 casos/100 mil hab), quando comparada com a semana anterior (747,08 casos/100 mil hab.). Em relação aos óbitos, houve um aumento de 138% na taxa de óbitos confirmados de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias (2,46 óbitos/100 mil hab.) quando comparada com a semana anterior (1,03 óbitos/100 mil hab.), demonstrando uma piora no cenário de gravidade da pandemia.

Levantamento preliminar realizado pela SES/SC aponta que, no momento atual, as pessoas com quadros graves de Covid-19 hospitalizadas em leitos de UTI na rede própria estadual são em sua maioria pessoas com idade acima de 60 anos que não receberam a dose de reforço recomendada após 4 meses da completitude do esquema vacinal primário ou estão com o esquema vacinal incompleto. A SES/SC faz um apelo para que todos os catarinenses que estão no prazo para receber a dose de reforço (4 meses), principalmente os idosos, procurem o posto de vacinação do seu município e se proteja contra o coronavírus.

Considera-se como elemento chave para o momento de alta no número de casos de Covid-19 em Santa Catarina a elevada capacidade de transmissão da variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2, cuja transmissão comunitária foi detectada no final de 2021. Além da presença da variante Ômicron, o cenário epidemiológico apontado nessas primeiras quatro semanas de 2022 pode ser considerado como resultado das aglomerações ocorridas durante as festas de final de ano e o período de férias de verão, aliadas ao relaxamento na adoção das medidas de prevenção por grande parte população. Isso tem se refletido numa grande procura por atendimento em centros de saúde, unidades de atenção primária e centros de triagem em diversos municípios.

A Secretaria de Estado da Saúde alerta a todos acerca da importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso universal de máscaras, evitar aglomerações mantendo distanciamento físico de 1,0m entre grupos diferentes, dar preferência a ambientes ventilados e atualizar o esquema vacinal contra a Covid-19, tanto completando o esquema primário de duas doses quanto recebendo a dose de reforço após quatro meses.

O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.

Por: Secretaria de Estado da Saúde – SES