Anvisa libera venda de autotestes de Covid-19 em farmácias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta sexta-feira, 28, após votação da Diretoria Colegiada da agência a partir da análise da solicitação e envio de informações complementares pelo Ministério da Saúde, liberar a venda de autotestes de covid-19, exames que poderão ser feitos em casa. Mesmo com a aprovação, o produto não estará imediatamente nas farmácias, já que as marcas ainda precisarão pedir o registro para a agência e só assim terão autorização para venda.
O debate sobre a comercialização dos exames teve como objetivo ampliar os métodos de testagem, estimular o isolamento precoce e permitir a identificação do fim do período de transmissão da doença (com o resultado negativo após o isolamento), em meio à explosão de casos com a circulação da variante ômicron.
O teste que poderá ser vendido em farmácias é o de antígeno, que detecta anticorpos por meio da coleta de material na boca e no nariz, por swab. A autorização não vale para o teste RT-PCR, considerado o “padrão ouro” para diagnóstico da doença, que detecta a presença do material genético do vírus. A sensibilidade do teste de antígeno é inferior à do RT-PCR.
A política pública proposta pelo Ministério da Saúde não prevê a distribuição de autotestes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A venda será exclusiva em farmácias e o exame será feito de forma 100% doméstica, com coleta nasal ou de saliva e resultado em torno de 10 a 20 minutos.
Caso o resultado seja positivo, a pessoa deverá se isolar imediatamente. Além disso, deverá procurar uma unidade de atendimento de saúde ou um teleatendimento, para que um profissional da saúde, mediante as estratégias já postas pelo Ministério da Saúde, realize a confirmação do diagnóstico, notificação e orientações pertinentes de vigilância e assistência em saúde.
Segunda a diretora Cristiane Rose Jourdan Gomes, a liberação dos autotestes funciona como uma “excelente estratégia de triagem e controle da pandemia, principalmente porque neste momento o contágio é grande e muitas pessoas não conseguem ter acesso aos testes pelo SUS ou pelos laboratórios da rede privada”.

Arte/CNN
Foto: Myke Sena