Sarau gratuito em homenagem a Cruz e Sousa
O Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, realiza no dia 21 de novembro, das 13h30 às 17h30, um sarau literário e musical em homenagem ao poeta simbolista Cruz e Sousa, que completaria 164 anos em 24 de novembro. A entrada é gratuita.
O evento marca o início da programação comemorativa e reúne diversas casas literárias da Grande Florianópolis, como o Grupo de Poetas da Trindade (GPT), a Academia Alcantarense de Letras (ACALLE), a Academia de Letras do Brasil – SC (seccional Águas Mornas) e outras instituições culturais.
O sarau contará com declamações de poemas de Cruz e Sousa, apresentações musicais e uma homenagem especial junto aos restos mortais do poeta, preservados no museu desde 2007.
Programação
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Elena Lamego – Florianópolis
Poeta e escritora, integrante da ALB-SC (Águas Mornas)
Poema: Cristo de bronze -
Marli Emmerick – Florianópolis
Poeta e cordelista (ACC e GPT)
Poema: Clamando -
Mara Eneida – Florianópolis
Poeta e cordelista (AJEB, ACC, GPT)
Poema: Sorriso interior -
Osmarina M. de Souza – São José
Escritora e contadora de histórias (IHGSC, GPT)
Apresentação: Contar História de Pedra -
Vera Portella – Florianópolis
Poeta e escritora, vice-presidente da ACALLE e do GPT
Poema: Crianças negras
Sobre Cruz e Sousa
João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis). Filho de Guilherme e Carolina Eva da Conceição, negros libertos, cresceu sob proteção da família Sousa, antigos proprietários de seus pais, de quem herdou o sobrenome.
Enfrentou forte racismo ao longo da vida e teve dificuldade para se estabilizar profissionalmente. Conseguiu apenas um posto de arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1883, apesar da indicação para assumir o cargo de promotor público em Laguna, foi impedido por preconceito racial.
Cruz e Sousa morreu de tuberculose em 19 de março de 1898, aos 37 anos. Sua esposa e os três filhos também faleceram em decorrência da mesma doença nos anos seguintes.
É considerado o principal nome do Simbolismo brasileiro, responsável pelas obras marcantes:
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Missal (1893)
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Broquéis (1893)
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Evocações (publicado após sua morte)
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Faróis (1900)
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Últimos Sonetos (1905, publicado em Paris)
Desde 29 de novembro de 2007, os restos mortais do poeta estão em exposição no Palácio Cruz e Sousa, sede do Museu Histórico de Santa Catarina.
O evento promete unir literatura, música e memória, celebrando o legado de um dos maiores nomes da poesia brasileira.
Retrato do Poeta Cruz e Sousa
