15 de outubro de 2025
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Cantor, compositor, portelense, bom de bola e bom de samba. Diogo Nogueiratêm 11 anos de carreira, é hoje um dos principais nomes do cenário do samba brasileiro atual.

Queria ser jogador de futebol, mas uma lesão no joelho o tirou dos campos e a música popular brasileira ganhou um grande artilheiro. Já lançou nove CDs e quatro DVs, que venderam mais de um milhão de cópias, e foi indicado a vários prêmios no Brasil e no exterior. Ao Grammy Latino foi indicado por todos os seus álbuns prêmio que venceu por duas vezes.

O Artista multimídia está lançando o single, “Tá Faltando o Quê”, em todas as plataformas digitais, que o público já canta em todos os shows e promete ser o hit do verão.

Cresci embalado por choros, sambas e muito batuque em cantorias promovidas na casa do meu pai por craques da MPB. Herdei a malemolencia do samba e das rodas cariocas.

JT: Quando nasceu o Diogo cantor e compositor?

Diogo: A música está na minha casa desde sempre. Meu avô João era Sergipano e era de uma turma de músicos como Pixinguinha, Donga, Jacob do Bandolim. Depois com meu pai, recebi a música como herança, e mesmo querendo fazer outra coisa, que era jogar bola, não teve jeito e a música foi mais forte. Mais para valer mesmo, só me envolvi com música já mais velho, depois da adolescência. 

JT: Como você avalia a trajetória do ex jogador de futebol que se transformou num dos maiores nomes do samba?

Diogo: Desde pequeno sempre sonhei e batalhei para ser um jogador de futebol; meu pai e minha família me deram muito apoio para isso. Quando assinei meu primeiro contrato em um clube de Porto Alegre, tive uma contusão, e na volta para o Rio para me tratar, acabei sendo convidado para participar de diversas rodas de samba e nesse momento acontece a minha saída dos gramados e minha entrada nos palcos.

JT: Seu disco Munduê, é totalmente autoral. Mas você reuniu suas músicas com vários parceiros. Como foi essa mistura?

Diogo: Tenho importantes parceiros, cada um com sua particularidade e história comigo. O Rodrigo Leite, Inácio Rios e Raphael Richaid, Ciraninho e Leandro Fregose estão presente em meus discos, desde o início da minha carreira. Com o Hamilton de Holanda fiz um disco inteiro, chamado Bossa Negra, com músicas nossas e de outros compositores. O Fred Camacho, Leandro Fab e Bruno Barreto são parceiros mais recentes. Mas tem uma parceira que eu tive o privilégio de compor com Dona Ivone Lara antes dela nos deixar; é a nossa grande dama do samba

JT: Como foi participar do Show dos Famosos?

Diogo: Um aprendizado.

JT: A vida é pra quem sabe viver?

Diogo: Claro! Temos que aproveitar o melhor dela.

JT: Tá faltando algo? Ou você tem um pouco de tudo?     

Diogo: “Tá faltando o quê?” é uma pergunta, mas ao mesmo tempo é uma resposta, uma afirmação. Falta muita coisa pro povo ter o básico, saúde, educação e não podemos mais perder tempo, temos que ir à luta. Afinal, tá faltando o quê?

JT: De suas canções, qual sua preferida?  

Diogo: Não tenho uma preferida, gosto de todas.        

JT: Qual seu pedido para 2020?

Diogo: Que o Brasil melhore e que a desigualdade diminua bastante.

JT: Deixe um recado para seu fãs e leitores do jornal.

Diogo: Temos um encontro marcado para matar a saudade da música brasileira, do nosso samba. Combinem com os amigos e familiares e vamos fazer uma grande festa juntos. Venham!