Um a cada cinco municípios pretende punir servidor que negar vacina, revela pesquisa
O servidor público municipal que se negar a tomar a vacina contra a Covid-19 poderá ser punido em quase 20% das cidades brasileiras, segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgada nesta sexta-feira (13). As informações foram coletadas entre 9 e 12 de agosto junto a 1.269 gestores municipais, sendo que 235 planejam tomar alguma atitude punitiva. Entre os que defendem sanções, 52,8% afirmaram que a punição será instauração de processo administrativo disciplinar.
A pesquisa também identificou que a vacinação está avançando cada vez mais e cerca de 37% das administrações públicas já vacinam jovens de 18 a 24 anos. Em 28%, a vacinação está entre 25 e 29 anos e 21% imunizam pessoas com idade entre 30 e 34 anos. Dos entrevistados, apenas um município afirmou ainda estar na faixa etária acima de 50 anos.
Já a falta de imunizantes ainda foi registrada por 18,7% deles. A vacinação segue normalmente em 80% das prefeituras. Dos que afirmaram não ter doses para vacinar a população, 93% registraram a falta para a 1ª dose e 20% para a 2ª dose.
Os municípios continuam a identificar a preferência por alguma marca específica da vacina contra a Covid. Nesta semana, a situação foi observada e a CNM perguntou o que tem sido feito nestes casos. Cerca de 71,5% afirmaram que não é possível a escolha e aplicam o imunizante disponível. Já em 26% a pessoa não é vacinada e vai para o final da lista; enquanto em 8,7% dos municípios pedem que a pessoa volte em outra oportunidade; em 1,4% dos casos se permite a escolha do imunizante.