Empreendedorismo Jovem, por Carlos Chiodini
Em cenário de mudanças políticas e econômicas, o atual momento do nosso país também é impactado pelo embate entre a ficção versus realidade. Aqui, podemos falar das fake-news, das mentiras, das tentativas de distorção da realidade e dos mitos nas diversas redes que abraçam a sociedade como um todo. Ficção que afeta a vida real do brasileiro que batalha o seu pão de cada dia.
O Congresso Nacional não passa ileso a esse turbilhão de mudanças e de luta contra a deturpação de informações e de fatos, sendo pressionado a trabalhar com as reformas da previdência e tributária com o intuito de traçar um novo caminho para o Brasil. Diante de tantos enfrentamentos e desafios, acredito no empreendedorismo e nos jovens. Acredito que o crescimento econômico será possível com visões diferenciadas de mercado e futuro, aliado à tecnologia e saberes. Brilhante, o comerciante que alavancou a industrialização e foi reconhecido como pai do empreendedorismo no Brasil, Visconde de Mauá, afirmou: “As dificuldades foram feitas para serem vencidas”.
Nesse sentido, ressalto a era de Startups, empresas jovens que em cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas têm o potencial de reverter situações. O espírito empreendedor é o ponto chave para a geração de negócios, e 80% dos jovens brasileiros cogitam empreender antes dos 18 anos, segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). É nesse caminho, motivado pelo Conselho Estadual de Jovens Empreendedores de Santa Catarina (Cejesc), que a lei catarinense da Semana do Jovem Empreendedor (nº 15.833/2012), de minha autoria, busca demonstrar a importância da livre iniciativa e das profissões autônomas, assim como o nascimento das microempresas e a possibilidade de conseguir planejar seu próprio negócio.
O governo federal também está com as atenções voltadas ao empreendedorismo e abriu consulta pública do Marco Legal de Startups e Empreendedorismo Inovador para identificar os gargalos que impedem a criação, o crescimento e a expansão dessas empresas. A intenção Ministérios da Economia e o da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações é propor melhorias normativas e também de mecanismos de estímulo às startups.
As empresas de tecnologia não são ficção. O empreendedorismo jovem não é ficção. É preciso despertar e incentivar a nossa juventude a apostar nos seus sonhos e no seu país. Esse deve ser um dos caminhos para alavancar a economia e o mercado de trabalho. A mudança que o brasileiro espera do governo e do Congresso é a que resulte em um país com crescimento econômico, geração de empregos e melhoria da renda. Todos querem um país com oportunidades reais de vida digna para seu povo.
O grande desafio do jovem empreendedor é o preparo e o apoio para que seu negócio tenha sucesso, êxito e seja bem sucedido. Com o poder público, como agente público, entendo que a pauta precisa ser estratégica de política pública, precisa ser contínua, tratada e discutida.
Por Carlos Chiodini, deputado federal por Santa Catarina