Comércio de SC cresceu 3,8% no primeiro semestre, diz IBGE
O volume de vendas do comércio varejista de Santa Catarina cresceu 3,8% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (11). O percentual mostra reação da economia frente ao período marcado pelas restrições a atividades econômicas devido à pandemia.
O subsetor com maior crescimento neste intervalo foram os tecidos, vestuário e calçados (+24,1%), seguido de outros artigos de uso pessoal e doméstico (+22,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+17,9%), e móveis (+12,3%).
Alguns setores registraram recuo no volume de vendas. É o caso de eletrodomésticos (-1,2%), hipermercados e supermercados (-2,1%), e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-2,8%). A retração ocorreu em áreas de itens voltados às residências, que cresceram muito em 2020 e, portanto, têm base de comparação mais alta.
Setor importante para a arrecadação de impostos, os combustíveis e lubrificantes acumulam alta de 3,1% de janeiro a junho.
No varejo ampliado, que considera mais itens, o avanço foi mais significativo. O volume de vendas de veículos, motocicletas, partes e peças subiu 37,4% no período, e o de materiais de construção 23,3%.
Os 3,8% de aumento do comércio varejista catarinense é o melhor resultado da região Sul: as vendas do comércio avançaram 1,5% no Paraná e 3,4% no Rio Grande do Sul. A média brasileira foi de +6,7%.
Receita
Os indicadores de receita mostram a evolução dos preços e da inflação no Estado. Enquanto o volume de vendas subiu 3,8%, a receita aumentou 17%. A maior discrepância está no setor de combustíveis e lubrificantes, com 3,8% de aumento no volume e 31,2% de aumento no faturamento.
O mesmo ocorreu com hipermercados e supermercados (-2,1% no volume e +11,1% na receita) e com eletrodomésticos (-1,2% no volume e +13% na receita).
À exceção do subsetor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e de livros, jornais, revistas e papelaria, todos os outros nove itens pesquisados têm variação de faturamento maior do que a variação da receita.